Vício em açúcar: um problema real

Cotidianamente consumimos açúcar e por vezes não notamos a quantidade ingerida, sendo isso um problema para nossa saúde. De fato, ele torna muitos dos nossos alimentos cotidianos muito mais saborosos, porém, é adicionado de forma exagerada e até perigosa, sendo inserido em nossa vida desde a alimentação na infância ou até mesmo nos alimentos que as propagandas nos vendem como saudáveis como a manteiga de amendoim ou até mesmo cereais diversos, jejum intermitente beneficios.

Uma coisa é certa: segundo especialistas o açúcar causa dependência e há uma explicação fisiológica para isso. Ele causa um aumento da dopamina – o hormônio do prazer – em nosso cérebro. Conscientes ou não acabamos por optar por uma alimentação que nos faça ter boas sensações e o açúcar nos causa isso.

Se você tem costume de consumir muito açúcar, atente-se para a sua saúde. Leia mais: O açúcar se tornou um vício? Entenda e aprenda como lidar com isso!

Desde 1930, os primeiros estudos sobre dieta e saúde do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos já alertavam a população sobre a quantidade exagerada de açúcar consumida pela população. Porém, nesses mesmos estudos era também dada maior ênfase ao consumo de carboidratos, minimizando a importância de alimentos com gorduras saudáveis como nozes e sementes.

O “Dietary Guidelines” do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou recentemente diversos dados interessantes sobre o consumo de açúcar. Acredite se quiser, mas eles afirmam que, diferente da opinião que se tem, o excesso dessa substância não parece causar diabetes, sendo ela mais comumente vista em adultos obesos que evitam o consumo de açúcar, ao passo em que não buscam reduzir o excesso de peso. Ou seja, não adianta cortar açúcares da dieta sem se policiar quanto ao restante da alimentação, tudo sobre jejum intermitente.

Como dito acima, muitos dos alimentos que ingerimos são introduzidos em nosso cotidiano com a ajuda de uma massiva campanha de marketing e um intenso incentivo financeiro por parte das empresas alimentícias. Isso é perigoso devido ao fato de muitos desses alimentos serem ricos não só em açúcar, mas em gorduras saturadas e outros componentes agressivos à nossa saúde.

O que causa a obesidade e a propaganda governamental

Segundo Robert Lustig, pediatra neuroendocrinologista da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), em linhas gerais “o açúcar é um veneno”. Essas questões acerca da alimentação da população no geral são objetos de estudo para os governos mundiais que procuram geralmente encontrar a melhor forma de alimentação para a saúde de todos. Essa é uma imensa responsabilidade tomada por políticos e por isso muitas vezes acabamos por não prestarmos atenção, deixando nosso cotidiano ser tomado por certos alimentos sem ao menos notarmos sua composição. Quanto às pesquisas, eles ainda não têm um panorama bem definido, como veremos a seguir.

As diretrizes norte americanas sugerem que a alimentação regular de sua população contenha laticínios com o mínimo de gordura, soja enriquecida e alguns óleos positivos para a manutenção de nossa saúde. Porém, alguns especialistas dizem que laticínios com pouca ou nenhuma gordura não são parte de uma dieta saudável. Pesquisas no mundo todo mostram inclusive que não há risco em se consumir leite integral ao se comparar com leite desnatado ou com baixo teor de gordura. Ao contrário, o leite integral aumenta a biodisponibilidade dos seus nutrientes. Mas há de se tomar certos cuidados na ingestão de produtos lácteos, tendo restrições de quantidade. Isso se deve por conta de diversos fatores como sua difícil digestão, por contribuir com o desenvolvimento de doenças cardíacas e até mesmo câncer, por não conter quantidade suficiente de cálcio em sua composição ao ponto de suprir nossas necessidades ósseas – sendo melhor o consumo de feijão – isso sem contar com os produtos ingeridos pela vaca que gera esse leite, que incluem hormônios, antibióticos e grãos (muitas vezes transgênicos), o que influencia diretamente no produto final.

Um ponto interessante citado nessas pesquisas são os laticínios produzidos e fermentados organicamente sem a adição de açúcar, como o iogurte, sendo mais benéfico do que o leite de caixinha comumente encontrado nos mercados.

Quanto à soja fortificada, há também críticas de especialistas. Essa “fortificação” feita nela é realizada com vitaminas e minerais sintéticos, e nosso corpo não consegue utilizá-las da mesma maneira que processa alimentos naturais. Para se ter uma ideia, o leite de soja disponível no mercado contém açúcar, sal e goma carragena, um hidrocolóide que muitas pessoas são intolerantes. Assim como no Brasil, nos Estados Unidos a soja também é muitas vezes geneticamente modificada (transgênica) e tratada com diversos agrotóxicos nocivos à saúde.

Ao citar os óleos, especialistas criticam a falta de especificidade dessas diretrizes. Segundo eles, óleos vegetais como o de milho, canola e soja não são benéficos à nossa saúde por conterem gorduras trans. Eles então sugerem o consumo de óleo de coco, azeitona e de gergelim, opções muito mais saudáveis de se consumir.

O paradoxo do consumo de açúcar e o que fazer

Os Estados Unidos vivem então um paradoxo, que podemos analisar até mesmo aqui no Brasil e no restante do mundo: o congresso aborda constantemente a redução do açúcar na dieta de toda a população, ao passo que financia diretamente sua produção e até mesmo sua inclusão desnecessária em nossa alimentação.

Devemos então buscar sempre uma alimentação básica com o auxílio de profissionais habilitados, evitando dietas milagrosas que diversas vezes pipocam em revistas e até mesmo na internet. A alimentação é parte essencial de nossa saúde e com ela não devemos correr riscos: procure um nutricionista, consuma produtos cultivados sem agrotóxico e com procedência atestada e evite o consumo excessivo de açúcar e informe-se.

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